Chega ao fim de mais
um ano, mais um ciclo que se encerra e maior a minha perplexidade diante de
gente que diz, ‘ah, mas esse foi o pior ano da minha vida, espero que ano que
vem seja melhor’, gente que repete isso há anos.
Os anos são uma maneira de dividir o nosso tempo, facilitar o registro, a contagem, assim como os meses, as semanas, os dias, as horas mas tudo isso faz parte de um mesmo ciclo – você está lendo esse texto e está um dia mais velho, amanhã quando você acordar, terá envelhecido mais um pouco, estará mais perto do fim, mais longe da juventude naturalmente e o seu papel diante disso não é se deixar levar, deixar acontecer – viver é resgatar.
Os anos são uma maneira de dividir o nosso tempo, facilitar o registro, a contagem, assim como os meses, as semanas, os dias, as horas mas tudo isso faz parte de um mesmo ciclo – você está lendo esse texto e está um dia mais velho, amanhã quando você acordar, terá envelhecido mais um pouco, estará mais perto do fim, mais longe da juventude naturalmente e o seu papel diante disso não é se deixar levar, deixar acontecer – viver é resgatar.
Um dia mais velho é também um dia mais sábio, não há como se
tornar experiente sem ter vivido, ouvido, observado, sem saber aproveitar
aquilo que está diante de nós dia a dia. Todos os anos serão ruins,
desinteressantes, sem brilho, sem novidades para quem não está disposto a
resgatar a beleza que se esconde atrás de um rosto cada dia mais velho, resistente
aos melhores disfarces – nada é bom pra quem não sabe onde chegar. Sem metas,
sem planos, sem alvo e sem destino, nada é suficientemente agradável para
alguém que não tem noção do que é bom e satisfatório.
Aquela criança arrumadinha, desprotegida, que se sentia
corajosa, forte, livre de todo mal e cheia de pureza não fica pra trás, fica
pra dentro. Quanto mais a gente envelhece, mais lembranças e mais cheio fica o
nosso interior de lembranças do passado. As rugas significam isso, é o tempo de
se libertar, colocar o peso pra fora, aquele peso que carrega o rosto, o peso
do amor, das lembranças, do sorriso e o mais cruel, o peso da saudade – viver é
também carregar muitas despedidas dolorosas.
Toda beleza está em saber ver o tempo, admirá-lo enquanto se está,
inevitavelmente preso nele enquanto os ponteiros arranham mais o peito em cada
avanço – todos os dias dão a mesma volta
e permanecem jovens, os relógios não sabem onde querem chegar, mas nós
sabemos bem pra onde estamos sendo levados: pro fim, pra beleza de se tornar
eterno.
2012 foi o ano mais incrível, imaginei que nada superaria
meu 2011 e o intercâmbio, os ares europeus, os novos amigos, a nova casa, a
nova cidade e tudo novo, mas 2012 me trouxe de volta o velho amor, mas com
roupa nova, tudo novo. O ano em que fui
escolhida para ser a mulher dele a vida inteira, fui pedida em casamento e a
cada dia só vejo as coisas caminhando pro melhor, em todas as áreas.
Há um alvo fixo para todos os anos: ser melhor. Não há ano ruim para quem está disposto a melhorar, para quem se permite ser melhorado.
Há um alvo fixo para todos os anos: ser melhor. Não há ano ruim para quem está disposto a melhorar, para quem se permite ser melhorado.
De braços abertos, olhos atentos e um sorriso fixo e bem
aberto eu espero por 2013, sei que será melhor – a tendência é melhorar,
prosseguir para um futuro cada vez mais doce.
Amor é a resposta.